Sumidoiro's Blog

01/11/2018

CONHECENDO RIMBAUD

Filed under: Uncategorized — sumidoiro @ 6:49 am

♦ Ars longa vita brevis [A arte é longa, a vida é breve]

Todo gênio nasce pronto… Jean-Nicolas-Arthur Rimbaud foi um desses. Ainda menino, carente de apoio familiar, teve uma infância conturbada. Sua mãe era uma camponesa, seu pai militar – capitão da infantaria –, que abandonou a família depois de gerar cinco filhos.

O moço deixou a casa paterna muito cedo e foi viver longe, numa sucessão de aventuras, temperadas com poesia, álcool, drogas e sofrimentos. Ao se tornar homem feito, mas ainda dominado pela ingenuidade, foi “abduzido” pelo devasso Paul Verlaine. Tudo isso se desenrolou na Belle Époque, tempo de muita arte e cultura, mas também de desvarios.

“Possuo sozinho a chave desse desfile selvagem” — Rimbaud.

poeta Rimbaud iniciou o curso colegial na sua cidade natal* Charleville – França –, matriculado na Instituition Rossat, quando caminhava para os 16 anos de idade. Seu perfil humano e vocação foram descritos por Georges Izambard(1), professor de retórica. — * Charleville- Mézières, *20.10.1854.

Izambard escreveu: 

“Foi na segunda quinzena de janeiro de 1870, que passei a ocupar meu posto na escola de Charleville. […] eu tinha exatamente 21 anos de idade, reduzida experiência, pouco mais que ele. Cheguei disposto a cumprir com alegria minha tarefa de professor. O Rimbaud que vi, ainda consigo ver na minha turma, instalado na primeira fileira, frente ao meu estrado, como um “cisco de gente”, tímido – mas atentem para esse tipo de timidez!

Rimbaud na Instituition Rossat, entre colegas (1864 [?]).

Era um estudante de retórica um pouco contido, sábio e doce, unhas limpas, cadernos sem rasuras, responsável com o dever de casa, obtendo excelentes notas nas avaliações escolares, em suma, uma dessas criaturas fora de série, exemplar e impecável. A ele poderia ser atribuído o superlativo de ser um daqueles eleitos para as competições, joia da escola: assim se mostrava por hábito e não por hipocrisia. Sem dúvida, sem dúvida mesmo, foi esse que vi nos bancos escolares.

Do Rimbaud íntimo, tive contato paralelamente, sempre que estava a me aguardar à saída das aulas. Mostrou-se o verdadeiro intelectual, todo vibrante de paixão lírica e tão ingenuamente orgulhoso ao se enquadrar como tal. Tão feliz, enfim, de encontrar alguém para falar de versos e poetas! É um garoto que, no início, tratei como um companheiro mais jovem e, pouco a pouco, como amigo querido, de quem recebi as primeiras confidências, exacerbadas pela opressão familiar.

Por outro lado, fiz a descoberta da sua imensa vocação literária e, por último, daquelas cálidas manifestações de afeto, com as quais também se mostrou pródigo em relação aos outros. Pois isso se revela em sua carta de 25 de agosto e, ainda mais, naquelas de 5 de setembro e 2 de novembro de 1870, as últimas que encontrei guardadas comigo.

Vitalie, a mamãe severa, e Arthur, após a primeira comunhão.

Izambard também cita uma correspondência que recebeu de Vitalie, mãe de Rimbaud:

“Eu não posso ser mais grata por tudo que você faz por Arthur. Você lhe dá o seu conselho, cuida para que ele faça o dever de casa fora da sala de aula, é tudo o que não tenho como controlar. Mas há uma coisa que eu não poderia aprovar, por exemplo, ler o livro como o que você lhe deu alguns dias atrás (os Miseráveis, V. hugot).

Você deve saber melhor que eu, senhor professor, é preciso muito cuidado na escolha dos livros que queremos colocar sob os olhos das crianças. Ou então imagino, Arthur o acessou sem seu conhecimento. Seria certamente perigoso lhe permitir tais leituras. Tenho a honra, senhor, de lhe prestar meus respeitos. / V*. Rimbaud / 4 mai 1870.” — * Vitalie.

No retângulo em destaque, o Cabaré Verde (Cabaret Vert) do poema de Rimbaud.

Sobre a carta de Vitalie, o professor Izambard comentou:

“Um estupor! Ao mesmo tempo, recebi um aviso do diretor, senhor Desdouest, solicitando que me dirigisse ao seu gabinete depois das aulas. Ele me explicou […] que a dama, muito zangada, veio lhe falar do livro inconveniente, de modo que eu fosse admoestado […] e ainda pediu que prestasse satisfações à mãe sinistra. 

E fui lá: minhas explicações poderiam ser simples, mas a dificuldade seria como colocá-las em palavras. Por isso, antes, tive que extrair das palavras dela um completo “curso” de maldades políticas. Victor Hugo, que ela havia escrito “hugot”, no seu entendimento seria o inimigo do altar e do trono, e justamente censurado por suas obras negativas […] Especialmente Os Miseráveis…”

Fato é que a pressão materna serviu como uma catapulta, lançando o inocente Arthur num mundo desconhecido e perigoso, praticamente sozinho. Apesar de tudo, aos trancos e barrancos, tornou-se um dos maiores poetas da língua francesa. Tal como um meteoro, Rimbaud praticamente produziu sua portentosa obra entre os 16 e 20 anos de idade.

Rimbaud e uma tapeçaria em estilo ingênuo (ou naïf) como a do Cabaré Verde.

Quatro poemas de Rimbaud:

NO CABARÉ VERDE, cinco da tarde

Depois de oito dias, a botina destruí 
No pedregulho da estrada. Cheguei em Charleroi*.
— No Cabaré Verde: eu pedi um sanduíche
Com manteiga e presunto, que chegou meio frio.

Feliz da vida, estiquei as pernas sob a mesa
Verde: contemplei as imagens ingênuas
Da tapeçaria. – E admirei toda a beleza 
Da moça de imensas tetas e vivo olhar.

— Senti que um beijo não a assustaria! —
Sorrindo, trouxe o sanduíche amanteigado
E o pernil morno, num prato colorido.

— O pernil rosado e branco, perfumado por uma 
Pitada de alho, mais um imenso chope espumante 
Que dourado ficou por uma réstia de sol tardio. — *Charleroi, na Bélgica.

SENSAÇÕES 

Nas tardes azuis de verão, irei pelas trilhas
Em meio aos trigais, pisando a erva rasteira:
Sonhador, sentirei o frescor sob os pés.
Deixarei o vento banhar minha cabeça nua!

Mudo ficarei, em nada pensarei:
Mas o amor infinito montará em minh’alma,
E tal como um boêmio irei longe, bem longe,
Pela natureza, – imaginando ter u’a mulher comigo. 

Post - Rimbaud piolhos

AS CATADORAS DE PIOLHOS 

Quando a fronte do menino, vermelha de tormentos,
Implora só o acorde branco, dos sonhos sem perfil,
Duas cuidadoras ao leito chegam, velhas e charmosas,
Os dedos são frágeis e as unhas refletem cor de prata.

Fazem o menino sentar, ao pé de uma janela,
Grande e aberta ao ar azulado, que banha todas as flores
E seus densos cabelos, onde penetra o frio do orvalho.
Neles os dedos finos passeiam, terríveis, encantadores.

Ele ouve o ar, que estão a respirar ofegantes,
Aflorando doçuras vegetais, é perfume de rosas,
E que desaparecem, às vezes, num sopro; salivares
Repetidos sobre os lábios ou desejos de beijar.

Repara seus cílios negros batendo em silêncio,
Perfumados; e seus dedos elétricos e doces
Fazem crepitar onde a preguiça é cinzenta,
E sob poderosas unhas, a morte dos piolhinhos.

Olha! Ele está dominado pelo vinho da Preguiça,
Suspiro de acordeão que provoca delírio:
O menino fica escravo da lerdeza das carícias,
Afundar e morrer, sem cessar, um desejo de chorar.

O ADORMECIDO DO VALE 

É um leito verdejante onde canta o riacho,
Despejando a esmo sobre as ervas farrapos
De prata; onde há sol da montanha intenso,
Brilha: no valezinho se espumam os raios.

Um soldado jovem, boca aberta, cabeça nua,
Molhando a nuca em frescas plantinhas d’água,
Dorme; ele está deitado na erva, sob as nuvens,
Pálido no seu leito verde onde a luz chove.

Os pés entre os lírios, ele dorme. Sorrindo…
Como sorri um menino doente, tira uma soneca:
Natureza, que o embala mansinho: sente frio. 

Os perfumes se foram, não tocam as narinas;
Ele dorme exposto ao sol, u’a mão sobre o peito,
Tranquilo. Tem dois furos vermelhos do lado direito.

SALTO NO ESCURO

Aos 17 anos de idade, ao se relacionar com o poeta Paul Verlaine(2) a vida de Rimbaud se alterou bruscamente. Corria o ano de 1871, no momento em que o moço decidiu lhe enviar alguns poemas e, logo depois, quando mantiveram um encontro em Paris. A aproximação foi um desastre, uma vez que Verlaine o “enfeitiçou”, ao mesmo tempo em que perdia o interesse por Mathilde, sua mulher.

Vai daí que, durante alguns meses, Verlaine, sua mulher e Rimbaud, passaram a viver tal como personagens de um folhetim popular. Ou seja, houve uma relação a três, destruidora, chegando ao ponto em que Mathilde interceptou cartas e poemas trocados pelos dois enamorados. Enfezada, ela iniciou um processo judicial contra o marido, o acusando de pederastia. Disso, resultou que Verlaine e Rimbaud, em 1872, fugiram para Bruxelas, onde viveram dias tumultuosos, completamente drogados pelo terrível absinto, uma bebida que podia levar à loucura.

Post - Verlaine&Rimbaud&IsabelleVerlaine & Rimbaud/ / Isabelle, irmã de Rimbaud.

Em meio a tanto desatino, houve um momento em que Rimbaud quase esfaqueou Verlaine. Isso ocorreu sob um calor escaldante de verão e teve a pior consequência no dia seguinte, 10 de julho de 1873. Ainda pela manhã, tão logo se levantou, Verlaine foi à uma loja de armas e comprou um revólver de sete tiros, pois bem, pretendia cometer suicídio. Naquele meio tempo, também cuidou de enviar cartas para seus amigos, para sua mãe e até para a mãe de Rimbaud, anunciando: “Eu vou morrer”.

Seguidamente, naquelas horas cinzentas, Verlaine passou boa parte do tempo bebendo. Depois do almoço, os dois amantes voltaram a se reunir no quarto compartilhado quando, bruscamente, Rimbaud anunciou a Verlaine que estava de partida, pois se cansara do relacionamento. Pois bem, arrasado diante da perspectiva de perder seu amante, Verlaine fechou a porta, pegou o revólver e gritou:

“Toma, desde que está de partida, esta é para você !” 

E daí disparou duas balas, uma acertou o chão, a outra o braço de Rimbaud. Desse modo, se colocou um ponto final no romance proibido mas, depois disso, Verlaine foi condenado a dois anos de prisão.

Porém, o pior estava ainda para acontecer… Ao se afastar de Verlaine, Rimbaud saiu desatinado em caminhadas pelo mundo, sem rumo e sem qualquer projeto. Primeiramente retornou a Charleville – no final de 1873 – e, em seguida, percorreu vários países da Europa, Egito e Chipre, África e Arábia. Em cada um desses lugares, exerceu diferentes ocupações e cometeu inúmeras estrepolias, até mesmo se envolvendo com o tráfico de armas na Abissínia – hoje, Etiópia –, na África oriental.

Rimbaud, em frente ao Hôtel de l’Univers — Áden, sul do Iêmem.

Ao chegar o ano 1881, Rimbaud teve uma notícia assustadora, a de saber que estava sifilítico. Mas isso não o desanimou de continuar caçando confusões. Em 1882 e se prolongando até 1884, viveu em concubinato com duas mulheres negras, uma após a outra, mas a primeira adquirida como escrava.

Mais adiante, em 1891, levou outro susto, quando passou a sentir dores terríveis no joelho. Chegou ao ponto de ter dificuldades para caminhar. Assim, muito preocupado, em 9 de maio saiu a buscar socorro em Marselha – França –, onde havia o Hospital da Concepção. Lá chegando, ao ser constatado um câncer avassalador, teve sua perna direita amputada. Após a cirurgia e chegado o 23 de julho, deixou o hospital e foi convalescer na fazenda da família, situada na comuna de Roche.

De fato, estava lutando com todas suas forças pela vida, também com a ajuda e carinho da irmã Isabelle(30). Chegaram até mesmo a fazer uma viagem à África, ele apoiando-se em muletas. Contudo, não obtivera a cura esperada, uma vez que voltou a sentir dores atrozes. Até que, em novembro, necessitou voltar ao hospital de Marselha, onde os médicos constaram que o câncer tinha se disseminado. Daí em diante, entrou em franca decadência, até chegar o 10 de novembro de 1891, momento em que chorou abraçado à irmã Isabelle. Ao mesmo tempo, ela o confortava com carinhos e palavras otimistas. Apesar de tudo, Rimbaud ainda teve forças e inspiração para passar à irmã sua última imagem poética:

“Eu vou para o fundo da terra e tu continuarás andando ao sol”.

Rimbaud, 18 anos de idade, após ser ferido a bala por Verlaine, em 1873 (por Jef Rosman).

Logo depois, Rimbaud fechou os olhos e se livrou do seu inferno terrestre. Sim, parece que adivinhara! Após levar o tiro de Verlaine, em 1873, havia escrito um pensamento premonitório: 

“Mas o relógio não tornará a soar senão à hora da pura dor! Serei levado como uma criança para brincar no paraíso, mergulhado no esquecimento de todo infortúnio!” — Em “Une Saison en Enfer: MAUVAIS SANG”.

Rimbaud faleceu em Marselha e seu corpo foi enterrado no cemitério de Charleville. Na lápide se lê: “J. Arthur Rimbaud, 37 anos, 10 novembro 1891 – Reze por ele”.

Texto, tradução e arte por Eduardo de Paula

Revisão: Berta Vianna Palhares Bigarella

———

(1) Fonte do depoimento: Cartas inéditas comentadas por Georges Izambard, em “A Douai et Charleville”. Editor: Simon Kra, 6, rue Blanche, Paris.

(2) VERLAINE, Paul – (Metz, França, *30.03.1844 / Paris, França, †08.01.1896).

(3) RIMBAUD, Isabelle – (Charleville, França, *01.06.1860 / Neully-sur-Seine, França, †20.06.1917).

 

11 Comentários »

  1. Estou em Areia. Visita aos que se foram.
    Aspectos da vida privada de Rimbaud foram preciosos para mim.
    Parabéns pelo seu trabalho.
    Grande abraço
    Vania Perazzo Barbosa Hlebarova

    Comentário por VANIA PERAZZO BARBOSA HLEBAROVA — 01/11/2018 @ 11:13 am | Responder

    • Vania:
      Creio que Rimbaud é pouco conhecido no Brasil. Meu Post é também um convite para conheçam o personagem e sua obra.
      Muito obrigado e um abraço do Eduardo

      Comentário por sumidoiro — 01/11/2018 @ 2:37 pm | Responder

      • Uma tia materna falava francês e comentava sobre seus poemas.
        Creio que apenas é conhecido por quem estuda a língua. Assim, seu trabalho torna-se mais valioso ainda!

        Comentário por VANIA PERAZZO BARBOSA HLEBAROVA — 01/11/2018 @ 6:04 pm

  2. Eduardo: Não conhecia o personagem. Ele é fantástico! Parabéns pelo seu post.
    Todos os seus post são muito bons.
    Maria Marilda – Lagoa Santa – MG

    Comentário por Maria Marilda Pinto Correa — 01/11/2018 @ 3:33 pm | Responder

    • Marilda: Descobri Rimbaud muito recentemente, antes só tinha uma ideia vaga. Ainda há muito a conhecer sobre esse gênio da literatura.
      Muito obrigado e um abraço do Eduardo.

      Comentário por sumidoiro — 01/11/2018 @ 4:33 pm | Responder

  3. Eduardo,
    Aceitei seu convite e estou procurando conhecer um pouco mais acerca de Rimbaud e sua obra. Fiquei estupefato ao saber que o melhor de sua obra foi escrito entre os 15 e os 18 anos de sua breve existência. Parece-me que, quando se vive intensamente, não é necessário viver muito. Poucos anos são suficientes para criar uma obra tão fundamental para o desenvolvimento da literatura. Penso que este post cumpre o seu propósito de lançar luz sobre a vida e obra de Rimbaud.

    Comentário por Pedro Faria Borges — 04/11/2018 @ 8:51 pm | Responder

    • Pedro:
      Eu pouco conhecia de Rimbaud. Quando me deparei com sua biografia e obra, me encantei com o poeta e o personagem. Minha intenção foi mesmo fazer um convite para que todos, aqui no Brasil, conheçam Rimbaud. Muito obrigado e um abraço do Eduardo.

      Comentário por sumidoiro — 04/11/2018 @ 10:10 pm | Responder

  4. Olá Eduardo. Parabenizo-lhe mais uma vez pela temática escolhida, desta vez centrada na história de vida e obra de Arthur Rimbaud, célebre escritor francês. Vê-se que V., professor e pintor consagrado no cenário da arte belorizontina e de âmbito nacional, revela-se agora exímio cronista desta outra arte, a da palavra escrita. Vai assim contribuindo para a resistência contra aquela idéia que já vem graçando por aí e que alguns denominam de “a morte da palavra”. Quanto a isto, penso que o risco realmente existe, sobretudo quando se lê, por exemplo, Giovani Sartori em seu “Homo videns, la sociedad teledirigida”, ou Gunter Kollert em sua “A origem e o futuro da palavra”. Mas certamente esta batalha será longa. Afinal, ainda podemos contar com o legado imenso deixado pelos clássicos e também pela chegada permanente de excelentes emergentes. Não apenas na literatura francesa, mas na literatura mundo afora, reside nossa esperança. Ainda recentemente François Busnel, falava-nos do verbo s’émerveiller (de) e quão difícil é agora s’émerveiller (de), face a este mundo extremamente maluco em que agora vivemos. Se s’émerveiller significa admirar e usufruir de um momento de êxtase agradável diante de qualquer coisa inesperada que se julga maravilhosa, então Borges, Guimarães Rosa, Saramago, Cervantes, Baudelaire, Shakespeare, Maupassant, George Orwell, Virgínia Woolf, e tantos outros estão aí para nos émerveiller. Eis aí, quem sabe, o valor maior da literatura enquanto difusora da cultura em todas as civilizações. Quanto a Arthur Rimbaud que V. focaliza aqui de forma elegante e concisa, consiste mesmo em caso de destaque especial. Dele, um certo jornal britânico afirmou recentemente que “conquanto sua carreira como escritor tenha se limitado a apenas cinco anos, sua influência permeia as várias artes e vai de Picasso a Bob Dilan “. Para os leitores mais interessados em uma análise aprofundada dos impactos da obra de Rimbaud sobre a literatura recomendaríamos “A defence of Rimbaud, by Allen Ginsberg. Trata-se de uma carta escrita por Allen Ginsberg e endereçada ao Professor Lionel Trilling, em september 4th, 1945.
    Parabéns Eduardo e gracias pelo seu belo texto. Fuerte abrazo. Estevam.

    Comentário por Estevam de Toledo — 07/11/2018 @ 11:21 pm | Responder

    • Estevam:
      Muito obrigado pelo comentário. Não mereço tanto.
      Um abraço do Eduardo.

      Comentário por sumidoiro — 08/11/2018 @ 9:00 am | Responder

  5. Vi um filme que fala sobre Rimbaud e Verlaine .;..Esqueci o nome, que coisa. Mas foi quando tomei conhecimento dele , embora conhecesse Verlaine, mais devido a seus versos que serviram de senha para a invasão da Normandia. “Les sanglots longs/des violons/de l’automne/blessent mon coeur/d’une langueur/monotone”.
    Ah, vou investigar o título…É com Leonardo Di Capprio no papel de Rimbaud. Achei. “Eclipse de uma Paixão.” David Thewlis fez Verlaine. Ator que eu até então, desconhecia. O mundo do cinema não é quase nunca fiel aos fatos. Fazem entretenimento. De acordo com esse filme Rimbaud teria se confessado e se arrependido da literatura imoral que tinha produzido. Queria que tudo fosse queimado Sua irmã teria de procurar Verlaine para exigir isso visto que tinha muita coisa em seu poder. Ele fingiu concordar, mas felizmente nada foi destruído.

    Obrigada pelo texto que me fez recordar o que estava adormecido…A poesia deles. Quando vi o filme fiquei buscando e encontrando e me deliciando. Foi no século passado. Agradeço por ter incluido poemas aqui.

    Sempre gosto ao ver que nos trouxe coisa nova porque sei que é hora de aprender. Foi assim agora também.

    Comentário por sertaneja — 08/04/2021 @ 2:26 pm | Responder

    • Sertaneja: Eu assisti o filme, mas também não lembro o nome. Um abraço do Eduardo.

      Comentário por sumidoiro — 08/04/2021 @ 2:29 pm | Responder


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